O câncer de pele é o tumor mais frequente no Brasil, respondendo por 33% de todos os diagnósticos oncológicos. A cada ano são cerca de 180 mil novos casos, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer).
Após passar por exames na quarta-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que existe a possibilidade de ter câncer de pele.
A doença ocorre quando as células da pele se multiplicam sem controle. O do tipo melanoma –forma mais grave do tumor– ocorre mais raramente e pode levar à morte. Já o não melanoma é mais frequente em ambos os sexos e menos grave, mas pode causar deformações no corpo.
Ambos têm cura se descobertos logo no início, segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
O câncer de pele não melanoma ocorre principalmente nas áreas do corpo mais expostas ao sol, como rosto, pescoço, orelhas, couro cabeludo, ombros e costas. Aparece como manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram, ou feridas que não cicatrizam em quatro semanas.
Há várias opções de tratamento, a depender do tipo e da extensão da doença, mas a maioria delas pode ser tratada com procedimentos simples.
Entre eles, a remoção do tumor com um bisturi, raspagem da lesão com cureta, destruição do tumor por meio do congelamento com nitrogênio líquido, cirurgia a laser e terapia fotodinâmica, em que se aplica um ácido na área lesionada, seguido de exposição a uma luz intensa que o ativa e destrói as células tumorais.
Já o melanoma tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade, especialmente quando descoberto em estágios avançados.
No início, o tumor se desenvolve apenas na camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção por cirurgia, com chances de cura de 90%.
Nos estágios mais avançados, a lesão se torna mais profunda e espessa, o que aumenta a chance de se espalhar para outros órgãos (metástase) e diminui as possibilidades de cura.
Em geral, o melanoma tem a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos, que mudam de cor, de formato ou de tamanho, e podem causar sangramento.
Testes genéticos são capazes de determinar quais mutações levam ao desenvolvimento do melanoma avançado e, assim, possibilitam a escolha do melhor tratamento para cada paciente.
Mais de 90% dos pacientes com a alteração genética BRAF, por exemplo, podem se beneficiar com terapia-alvo oral, capaz de retardar a progressão do melanoma e melhorar a qualidade a vida.
Outros tratamentos podem ser recomendados, de forma isolada ou combinada, para o tratamento dos melanomas avançados, entre eles quimioterapia, radioterapia e imunoterapia. Apesar de ser raramente curável, já é possível viver controlando por longo prazo esse tipo de tumor.
Evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação ultravioleta são as melhores formas para prevenir o melanoma e outros tipos de tumores da pele.
Os grupos de maior risco são pessoas de pele clara, com sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros, além dos que possuem antecedentes familiares com histórico de câncer de pele, queimaduras solares, incapacidade para se bronzear e muitas pintas.
Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/