O futuro está literalmente nas mãos dos brasileiros que possuem um aparelho celular. Basta uma olhada rápida nas lojas de aplicativos dos smartphones para vermos que houve uma proliferação descontrolada de apps que prometem e quase sempre cumprem a promessa de facilitar a vida das pessoas. E, é claro, cada vez mais há pessoas usando essa tecnologia para ganhar dinheiro.
Afinal, o povo brasileiro é um povo com alma de empreendedor. É neste sentido que milhares de trabalhadores autônomos estão vendo os aplicativos nos aparelhos celulares: como fontes de renda. Basta juntar os melhores celulares custo benefício e um app e o futuro pode ser diferente.
De acordo com os números, de todos os trabalhadores no Brasil, atualmente 23% são de autônomos. Desses, 17% afirma usar apps para trabalhar, já que eles são facilitadores na hora de encontrar empregos como os de entregadores de encomendas, motoristas, entre outras funções. Esse é um novo mundo que está saindo do virtual para o real.
Uma alternativa em tempos de crise ou uma porta para o futuro?
Engana-se quem pensa que a área de serviços nos aplicativos para celulares se concentra apenas no âmbito dos motoristas particulares ou das entregas de comida. É fato que a Uber, por exemplo, emprega atualmente mais de 600 mil brasileiros em todo o país. A iFood já soma mais 100 mil trabalhadores em seu cadastro. Contudo cada vez mais outras funções têm se destacado.
É cada vez mais comum ouvirmos falar em cuidadores de animais, sejam de gato ou de cachorro. Há diversos apps despontando nas lojas de aplicativos com o intuito de promover assistência a donos de pets.
Esse mercado cresceu não só pela facilidade e pela praticidade evidente. É claro que ter tudo ao alcance do aparelho celular, seja para o trabalhador, seja para o cliente, é algo que conta muito. A questão é que o crescimento do desemprego também tem seu dedo nesse aumento cada vez maior de negócios surgindo nas lojas de aplicativos.
A recessão econômica e o medo dos trabalhadores desempregados de não encontrarem emprego levou ao crescimento de possibilidades em uma área até então pouco explorada. É nesse sentido que os especialistas apontam o crescimento dos apps de serviços. Mesmo com uma possível saída da crise financeira na qual se encontra o país, eles duvidam muito que o uso dos aplicativos diminua.
Afinal, estamos na era do on demand. Ou seja: tudo que é por pedido, por solicitação, por demanda, é interessante às pessoas. Isso é perceptível na compra ou no aluguel de filmes pela internet. Casos como a Netflix, o Spotify e outros negócios do gênero estão em constante crescimento porque as pessoas estão se acostumando a esse tipo de relação com seus serviços.
A consolidação da indústria 4.0
Os especialistas confirmam suas apostas na consolidação dos apps como fonte de renda. Esse movimento é natural. O advento da internet modificou há mais de duas décadas a forma como as pessoas lidavam com as suas profissões. Políticos, engenheiros, médicos, professores tiveram que se adaptar a um mundo de novas possibilidades.
A indústria 4.0, que nada mais é do que a indústria de interação, chegou para ficar. O avanço dessa área, de acordo com algumas pesquisas de mercado, criará nos próximos anos quase três dezenas de profissões em pelo menos oito áreas diferentes de atuação.
Como podemos ver, a área da alimentação já foi profundamente afetada, contudo a construção civil, os segmentos automotivos e outros setores que lidam com máquinas serão cada vez mais afetados.
O perigo nisso, segundo as pesquisas, é que as pessoas terão de se adaptar a um novo mundo. Ao mesmo tempo em que os apps, por exemplo, permitem que as pessoas usem bicicletas, patinetes, motos e carros para entregar comida a clientes, é possível que em áreas como a construção de carros deixa cada vez mais de utilizar pessoas nas suas fábricas.
A mudança de cenário é natural e atende às demandas das pessoas e às demandas criadas pelos avanços tecnológicos. Embora atualmente muitas pessoas se beneficiem dos apps para obterem fontes de renda, sabe-se que muitas vivem em situação informalidade e mesmo de marginalidade.
Por isso esse novo mundo precisará estar preparado justamente para o oposto de uma nova era de empregabilidade. É possível que esse new world na verdade seja mais do mesmo, apenas mais informal e mais desigual do que o atual.
Fonte: Queagito.com